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Fonte: Google |
Por Daniela Uejo
Passei anos da minha
vida acumulando experiências, escolhendo as melhores palavras, entendendo o
máximo possível da bíblia, tentando
fazer com que as pessoas pudessem enxergar um mundo melhor, um mundo possível,
cheio de bons sentimentos e de hábitos saudáveis para o intelecto e para a alma
principalmente...
Desde os meus 10 anos de idade sempre fui bem prematura,
talvez o fato de ter nascido de 7 meses tenha afetado um pouco a minha vida, me
trazendo mais ansiosidade do que o normal para uma pré- adolescente... Eu sempre fui amante da leitura, de tudo,
principalmente de livros. Aos 10 anos tinha a meta de ler mais de 10 livros por ano. Era uma meta muito ingênua para um adulto, mas era pertinente e saudável para mim e na verdade, era o suficiente para
me sentir feliz.
Nunca pensei como os demais, estava à frente sempre, isso era por vezes
bom, por vezes ruim... Minha mãe, embora tenha tido uma vida bem difícil,
formou em mim uma garra, aquela necessária pra gente correr atrás dos nossos
sonhos, não importando quão difíceis fossem.
Eu fui crescendo muito pouco fisicamente, amadurecendo bastante, não o
quanto queria, pois sempre quis mais, muito mais do que o que me era
apresentado, a curiosidade sempre me perseguiu, um ponto positivo para ter me
tornado uma jornalista... Amo de paixão a minha profissão, apesar de não ter
atingido meu êxtase como profissional.
Sempre quis saber de
tudo, todos os assuntos dos cadernos dos jornais e das revistas, exceto
placares de jogos... Mas a vida logo veio me presentear com um atleta para me
inteirar de tudo nesse universo...
Nesse novo estágio da minha vida, gestante de pouco mais de
um mês, as excentricidades da vida vieram me visitar, e eu pude refletir em
algumas coisas. Será necessário repassar
todo conhecimento adquirido até aqui? Ou eu vou querer que ele ou ela saiba
apenas o necessário e tenha suas próprias experiências positivas de vida?
Se por um lado o conhecimento nos traz segurança, ao falar,
ao agir, ao pensar e refletir. Por outro nos entristece... Vejamos alguns
pontos : durante a minha jornada por
leituras, li quase todos do autor Augusto Cury, um grande nome da psiquiatria e
da psicoterapia, com ele aprendi que ao
obtermos o mínimo de conhecimento em psicologia, não precisamos de muito para
descobrir as mentiras que as pessoas proferem impensadamente, e juram que
jamais serão descobertas. Nesse caso eu sempre prefiro fingir que não sei de
nada, ou mesmo que aquilo não me afeta, porém quem já foi vítima desse monstro
que é a mentira sabe que ela é aterrorizante e sempre vem de quem a gente mais
ama.
Quando temos o mínimo de conhecimento de economia aprendemos a poupar, e junto a isso descobrimos o quanto somos roubados pelo
governo, o quanto as pessoas são cegas pelo materialismo e em meio a isso vão
perdendo valores... Descobrimos também o quanto pessoas ingênuas são passadas
para trás por alguns produtos bancários, a exemplo da capitalização.
Quando sabemos o mínimo da nossa língua portuguesa, é
inevitável começarmos a ter um ligeiro pré conceito sobre as pessoas... Mas depois
a gente cai em si e percebe que nem todo mundo teve o privilégio de ser
agraciado com oportunidades, como a de se graduar na faculdade ou curso dos sonhos, ou mesmo saber
os reais motivos de dominar bem a sua língua mãe, vale lembrar que é a mais
difícil de se aprender e dominar...
Quando sabemos o básico de arte, contemplamos a beleza das
cores, da cultura e dos povos... Mas muitas vezes somos taxados de fresquinhos
por ter um gosto alheio aos demais...
Quando gostamos muito de filosofia, dizem que isso afeta o
nosso lado cristão, visto que a maioria dos filósofos são ateus, mas partilhar
da mesma ideia, não quer dizer que partilho da mesma mente. Posso conseguir
chegar aquele ponto de vista tendo Deus do meu lado, por que não, se a própria
ciência comprova a existência do meu Pai Celeste?
Quando gostamos muito de sociologia tornamo-nos defensores
das minoras e mais uma vez somos criticados. “por que você dá partido a uma
causa que não é sua sendo que não é advogada”? Poxa, às vezes é parte de nosso
caráter querer sempre ajudar ...
Quando conhecemos a Constituição Federal, aquela chamada
Carta Magna, ficamos indignados e perplexos com a falta de ética de quem vive a
lhe mencionar e não pratica nem o mínimo do que está lá...
Eu poderia ficar aqui dias e dias a descrever as vantagens e
desvantagens de saber, ou pelo menos querer saber muito das coisas... Como diz o filósofo Sócrates, “ Só sei que nada sei”, é a única certeza que podemos ter
mesmo, por mais conhecimento que busquemos, jamais será o suficiente, e teremos
ainda mais sede, é algo insaciável. Mas vale ressaltar que quanto mais conhecimento,
mais críticas, mais desgosto, mais tristeza. A grande questão é, sua psique saberá
lidar com os holofotes depois com as
mentiras estampadas nos jornais? Esse, muitas vezes é o fim injusto de quem
busca o conhecimento, ser vítima de mentiras... E é na verdade um círculo
vicioso...
Mas... vamos lá, embora eu tenha a ciência de tudo isso,
estou disposta a pagar o preço, afinal, conhecimento nunca é demais e é um bem
que ninguém pode nos roubar...