O
livro é muito interessante, explica de forma precisa e inteligente como é
importante que conheçamos as necessidades do nosso cliente, ou seja, quem
compra o jornal impresso.
Ele
explica de maneira detalhada o porquê de dar tanto ênfase a isso. Ricardo
Noblat é exímio em nos situar ao quadro atual no âmbito jornalístico. As
dificuldades que poderemos enfrentar daqui para frente, devido o surgimento da
notícia online, que é dada de forma “mastigada” ao leitor.
O
livro fala muito a respeito do que poderá acontecer com o jornal se não forem
tomadas medidas drásticas em se tratando de tradicionalismo em jornais.
Ele
menciona que a maioria dos jornais leva em consideração apenas fatos que não
importam ao público, importa mais ao próprio repórter ou jornal em si.
O
livro nos traz inúmeras referências de matérias publicadas erroneamente, de
títulos mal colocados, de palavras repetitivas. Ele nos diz que, as memórias e
reportagens precisam ser menores, ocupar menos espaço tanto no jornal como na
mente do leitor, pois é necessário que seja apenas claro e conciso, que
qualquer um possa ler e digerir o assunto.
Ele
faz alusão ao fato de que, a maioria dos jornais só agrada a eles mesmos, se
fecham, como se não houvesse um público que lê, e é interessante que gostem, do
que estão comprando e lendo.
O
autor fala bastante sobre a trajetória do Correio Braziliense, tanto sua
influência e contribuição para a sociedade, como suas mudanças, que fizeram
dele um jornal pautado pela credibilidade.
As
experiências de Noblat, em seus trinta e cinco anos de carreira, contribuíram
fortemente com os ideais defendidos em seu livro. As dicas são mais
centradas iniciantes da área.
Algo interessante
abordado no livro, é uma visão bem diferente que o autor tem sobre as notícias
de jornal. A exemplo, uma parte do livro que diz que as notícias vem recheadas
de genocídio e também de assuntos horrendos, como morte de pessoas. E isso
todos os dias, como se fosse uma eterna guerra entre os seres humanos.
Ele diz que os jornais
poderiam ter uma linha de mensagem melhor, por exemplo, um dia lermos algo
interessante que nos motive a viver. “Amanhã é dia de encher a rua de vida.
Morte, temos demais.” Foi a frase que chamou mis atenção sobre o assunto em
questão.
Além de ajudar tanto
jornalistas iniciantes, como recordar a mente de jornalistas já experientes, o
livro nos traz fontes de pesquisas, possibilitando um estudo aprofundado sobre notícia
e seus principais fatores, o que a envolve, entre outros. Ensina também até
mesmo como fazer uma pesquisa.
O
interessante é que ele aborda de várias formas, ele coloca alguns diálogos,
para que tenhamos uma idéia de como seria a reação das pessoas sobre aquele
determinado assunto. Ele divide a maioria dos assuntos em tópicos para melhor
compreensão. Enfim, é um material que deveria ser usado nas redações, para que
os profissionais se recordassem que a tradição tem que acabar. E também para
auxiliar naquele trabalho diário.
Por: Daniela Uejo